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Gael, de 4 meses, morreu após se engasgar com leite. Atualmente, cerca de 7.300 crianças esperam uma vaga em creches da Prefeitura de Curitiba. Casal preso em
Mãe diz que tentou vaga na rede municipal antes de deixar bebê em creche clandestina de Curitiba: 'Só voltei a trabalhar porque precisava'
Gael, de 4 meses, morreu após se engasgar com leite. Atualmente, cerca de 7.300 crianças esperam uma vaga em creches da Prefeitura de Curitiba. Casal preso em...
20/05/2025 20:23
Mãe diz que tentou vaga na rede municipal antes de deixar bebê em creche clandestina de Curitiba: 'Só voltei a trabalhar porque precisava' (Foto: Reprodução)
Gael, de 4 meses, morreu após se engasgar com leite. Atualmente, cerca de 7.300 crianças esperam uma vaga em creches da Prefeitura de Curitiba. Casal preso em creche clandestina deixa a prisão
Izabela Cunha Cordeiro, mãe do bebê Gael, diz que tentou uma vaga na rede municipal de ensino antes de deixar o filho em uma creche clandestina de Curitiba. Atualmente, cerca de 7.300 crianças esperam uma vaga em creches da prefeitura da capital paranaense.
A mãe conta que procurou o local depois que surgiu a necessidade de trabalhar.
"Eu estava sem escolha. Tinha que voltar a trabalhar. Eu só voltei a trabalhar porque eu precisava", lamentou.
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Gael, de 4 meses, morreu na manhã de segunda-feira (19) enquanto estava sob os cuidados de um casal na creche clandestina.
"Eu nunca imaginei. Deixei meu filho vivo. Meu filho estava bem. Nada, nada, nenhum dinheiro no mundo vai salvar o meu filho. Ela me ligou e falou que ele estava bem, que o Samu estava com ele, mas quando cheguei ele estava morto", diz emocionada.
Um homem e uma mulher, proprietários do local, foram presos em flagrante. A mulher pagou fiança e o homem foi liberado após uma decisão da Justiça na tarde desta terça-feira (20). Eles devem responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
O advogado Valter Ribeiro Junior, que representa o casal, classificou a situação como uma "fatalidade" e afirmou que o espaço não funcionava como creche, mas como um "atendimento privado".
No entanto, Igor Ogar, advogado que representa a família de Gael, afirma que houve uma série de imprudências, por parte do casal, que levaram à morte da criança.
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Critérios de prioridade
De acordo com a prefeitura, em nota enviada no dia da morte da criança, Gael passou a concorrer efetivamente por uma vaga na Rede Pública Municipal na semana passada, quando completou quatro meses.
"A Secretaria Municipal da Educação esclarece que as crianças são contempladas respeitando critérios de prioridade, como casos de vulnerabilidade social. Os chamamentos são realizados periodicamente, ao longo do ano, conforme a disponibilidade de vagas nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) ou nos Centros de Educação Infantil (CEIs) contratados", afirma a nota da prefeitura.
Creche irregular cuidava de 20 crianças no dia da morte de Gael
Gael, de 4 meses, morreu enquanto estava sob os cuidados de um casal na creche clandestina
Arquivo Familiar
À polícia, o casal afirmou que geralmente cuidam de cinco crianças, de diferentes idades. Porém, no dia da morte de Gael, cerca de 20 crianças estavam no local.
Conforme o delegado, os dois desenvolviam a atividade há cerca de dez anos. Após a situação, os responsáveis das crianças que estavam no local foram chamados para levá-las embora.
Os responsáveis relataram à polícia que deixaram as crianças no local porque as creches da rede municipal de ensino estavam fechadas pela manhã e, por conta disso, não tinham onde deixar as crianças.
Segundo a Prefeitura de Curitiba, na segunda-feira os professores estavam em atividades pedagógicas para a elaboração da avaliação das crianças no trimestre. A atividade estava prevista no calendário escolar e, por isso, não houve atendimento pela manhã.
O delegado Fabiano Oliveira, diz que o casal nega que o espaço se tratasse de uma creche.
"Eles entendem que eles não eram creche. Eles eram cuidadores. Eu expliquei para eles que, a partir do momento que você recebe crianças na sua casa, várias crianças, que você tem uma estrutura que inclusive fornece alimentação para essas crianças, no nosso entendimento se trata, sim, de uma creche", afirma Oliveira.
Casal diz que recebeu visitas de autoridades
O casal dono da casa disse à polícia que recebeu visitas do Conselho Tutelar e da Vigilância Sanitária nos últimos anos.
Por meio de nota, a prefeitura afirma que a vigilância foi ao local em 2022, em uma ação educativa e de orientação, mas que não tinha nenhuma criança no espaço no momento da abordagem.
Depois, segundo a nota, não houve nenhuma denúncia referente ao local e o espaço continuou funcionando, mesmo sem autorização.
Gael morreu após se engasgar
Segundo o delegado Fabiano Oliveira, o bebê frequentava o local há uma semana. Ele tomou a mamadeira, arrotou e foi colocado para deitar de lado em uma cama de solteiro. Minutos depois, a mulher percebeu que ele estava com os lábios roxos.
O casal tentou fazer procedimentos de massagens cardíacas e acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Porém, quando a equipe de socorro chegou, a criança já estava morta.
A polícia precisou fazer o isolamento do local após moradores da região tentarem incendiar a creche.
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